Hideo Kojima é um dos designers de jogos mais renomados da indústria, reconhecido por suas obras como Metal Gear Solid, Death Stranding, Policenauts, Snatcher e Zone of the Enders. Como um dos nomes mais influentes do setor — e já na casa dos 60 anos — poderia-se esperar que Kojima estivesse preocupado em como transmitir e proteger seu legado. No entanto, sua abordagem parece ser um pouco diferente.
Em uma entrevista, Kojima afirma que não está preocupado em “passar o bastão” para a próxima geração, pois essa não foi a maneira como ele se inspirou em seus próprios ídolos. Em vez disso, ele tomou a inspiração de artistas que admirava e a aplicou às suas ideias:
“Eu não vou passar o bastão para ninguém. Eu prefiro esmagar o bastão… [risos.] Não preciso transmitir ‘Hideo Kojima’ para ninguém. Se eu passar o bastão para minha equipe e disser que eles devem fazer as coisas do mesmo jeito que eu faço, a empresa não terá sucesso e irá à falência. Todos os dias, se eu twittar algo que gosto, um diretor, ator ou músico entra em contato comigo. Eles dizem: ‘Sou um criador por causa dos seus jogos.’ Mas eles não receberam o bastão de Hideo Kojima. Eles receberam a minha pequena chama. Eles não estão me copiando, não estão tentando ser eu. Eles têm essa chama e acendem a própria. E provavelmente vão passar isso adiante. Havia artistas de quadrinhos lendários quando eu era criança. Eu não me tornei um artista de quadrinhos — eu fui inspirado por eles, fui influenciado.”
Na mesma entrevista, Kojima revela que ficou gravemente doente em 2020 devido à Covid e compartilha seus maiores medos:
“Tenho medo de morrer e de ter demência. Tenho medo de esquecer coisas quando envelhecer. Tenho medo de não perceber o que estou esquecendo. Tornei-me independente aos 52 anos. Agora tenho 61.”
A entrevista completa é altamente recomendável. O novo jogo de Kojima, Death Stranding 2, será lançado este ano.