Não há como negar que as vendas físicas de videogames hoje em dia são significativamente superadas pelas digitais – o mercado se transformou, movendo-se de produtos em caixas para downloads instantâneos. Embora essa mudança seja incrivelmente conveniente para a maioria dos jogadores, ainda existem aqueles que valorizam a experiência física.
Esse é, sem dúvida, o pensamento de Charles Cecil, da Revolution Software, que conversou com a GamesIndustry.biz sobre a importância de atender os clientes “fieis” que continuam a esperar por jogos em formato físico, mesmo em 2025. “As pessoas falam que o físico está acabado, e para a maioria dos jogos isso pode ser verdade, mas temos uma comunidade tão leal e maravilhosa, e eles querem versões físicas dos jogos,” diz Cecil, lembrando de conversas de 15 anos atrás, onde muitos afirmavam que a mídia física estava praticamente extinta.
“Deveria ter sido claro que, para coisas pelas quais as pessoas se importam, elas desejam uma versão física,” acrescenta. “Elas querem a experiência tátil. Quando eu era adolescente, ao entrar no quarto de alguém, a primeira coisa que você fazia era olhar a coleção de discos da pessoa; isso definia quem ela era. Você não olhava a playlist digital, mas sim os discos físicos. E, nesse caso, você olhava os jogos das pessoas, as suas figuras de ação e imediatamente sabia do que elas gostavam.”
Cecil, conhecido pela série Broken Sword, que vendeu milhões de cópias, acredita que a mídia física é uma maneira de as pessoas definirem sua “tribo”; coleções no mundo real ainda são um símbolo forte do quanto alguém está comprometido e engajado com uma série específica, artista, filme ou franquia de jogos. “Ter uma caixa na sua estante é bastante importante,” afirma Cecil.
Recentemente, a Revolution remasterizou a primeira aventura de Broken Sword e está prestes a lançar uma campanha de crowdfunding para fazer o mesmo com a segunda, Smoking Mirror.
