A Acclaim, a famosa editora por trás de alguns dos maiores sucessos comerciais da década de 1990, ressurgiu recentemente. Contudo, como muitos hastaram ao ressaltar após o anúncio, o que voltou foi apenas o nome; a propriedade intelectual da Acclaim foi vendida quando a empresa falhou há mais de 20 anos.
Lembramos que a Acclaim trouxe para os consoles e portáteis clássicos franquias icônicas como Mortal Kombat, Os Simpsons e WWF/WWE, mas essas propriedades nunca foram realmente da empresa. Então, não esperem vê-la retornando a esses clássicos tão amados tão cedo. E mesmo as IPs que a Acclaim possuía parecem estar fora do alcance, como afirma o novo CEO Alex Josef em uma entrevista:
“Tudo foi disperso por aí. Algumas dessas IPs simplesmente não estão disponíveis, então não há como recuperá-las.”
Josef ressalta que isso não está totalmente “fora de cogitação” e que há possibilidade de a Acclaim reacquirir algumas das IPs clássicas que teve que vender ao entrar em falência em 2004. “Estamos conversando com vários stakeholders sobre algumas das antigas IPs,” admite. “Muita coisa é meio maluca — não faz sentido em termos de ‘não sei se queremos pagar tanto por isso’.”
O CEO acredita que o foco principal da nova Acclaim não seja necessariamente relembrar os velhos tempos de glória:
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“Meu objetivo, acima de tudo, é um forte apoio aos criadores independentes, mostrando que iremos investir em jogos, independentemente do orçamento. Não tenha receio de nos procurar se você tiver um jogo e achar que o orçamento é pequeno demais para a Acclaim. Não estamos em um ambiente onde é prudente assumir riscos desnecessários. Eu gostaria de continuar com meu emprego no próximo ano, é o que sempre digo.”
Aliás, Josef é bastante sincero sobre a reputação da Acclaim, reconhecendo que, enquanto alguns dos antigos títulos podem “ressoar” com os jogadores, muitos deles não eram, para ser honesto, “grandes.”
A pergunta que fica é: por que ressuscitar a Acclaim em primeiro lugar? Josef confessa que “ama” a marca, acrescentando:
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“Houve discussões sobre, ‘Bem, talvez a gente crie algo totalmente novo’. Mas ter o poder de uma marca, e contar com pessoas que realmente entendem profundamente essa indústria… A gente não está vindo de outro setor e falando, ‘Ei, vamos fazer Acclaim, uma marca de videogames icônica’. Eu acredito que temos que ter um plano claro e uma estratégia bem definida, com a intenção de desenvolver a marca de maneira inteligente e com grandes jogos é um caminho muito promissor.
E a marca é fantástica. Tem uma estética incrível. Funciona bem. Sou fã de marcas que têm um nome único. Essa tinha tudo e fazia total sentido. Passamos muito tempo pensando nisso. Não foi uma decisão fácil e leve – ‘Vamos apenas pegar uma marca antiga’. Houve toda uma reflexão sobre isso.”
