Se você, assim como eu, cresceu perto dos famosos “fliperamas” — lugares duvidosos, cheirando mal, com um monte de máquinas clones e bebuns falando besteira — em meados dos anos 80 e 90, há uma grande chance de você ser fã de jogos de luta. Estou falando principalmente os ‘one vs one’, no caso, o famoso street fighter, mas seguido por clássicos como The King of Fighters e Mortal Kombat.
Depois dos arcades, os clássicos foram parar nos consoles domésticos, começando pelo Super Nintendo (até hoje não sei como conseguiram enfiar Street Fighter II Turbo naquele cartucho) e depois se popularizando em outros consoles, aparecendo até no NES. Foi diversão instantânea, sim, mas algo estava faltando para a diversão ficar completa: Um bom e velho controle de arcade. As empresas claro, que não são bobas nem nada, correram e produziram uma série de controles arcades, como o “Arcade Power Stick” do mega, e tantos outros, principalmente para PC, onde começaram a fazer uma adaptação de controles de arcade de madeira com controles com fio, muitas vezes soldando os fios em uma placa de controle do tipo pad. E funcionava!

Por muito tempo esses controles foram o supra sumo da proximidade do arcade e de desempenho, usados principalmente em campeonatos oficiais de jogos de luta como o famoso EVO, que a mais de 20 anos promove campeonatos espetaculares.
Recentemente, inclusive na EVO, começaram aparecer controles sem o manche. Inspirados (e provavelmente impulsionados) em pessoas que são acostumadas em jogar no teclado, estes controles tem apenas os botões no lugar do manche.

Batizado de HitBox, a ideia é fazer com que tenhamos mais agilidade ao dar os golpes, afinal estando com um dedo em cada botão é muito mais rápido do que mover um controle, além do que é (dizem) mais fácil para decorar os golpes.
Pegando a onda, alguns “HitBox” novos foram lançados, e ainda, uniram o Swich do teclado mecânico (que também está popular entre os gamers), com perfil baixo, podendo fazer um controle mais fino e leve, capaz de caber em qualquer mochila, como o Snax Box Micro.

A Razer, uma das maiores produtoras de acessórios gamer do mundo, entrou na onda e produziu o seu. Batizado de Razer Kitsune, o controle promete ser leve, preciso, bonito, durável e personalizável.
O grande problema, e não é um desmérito apenas da Razer, é o preço que estão cobrando. Lançado la nos EUA no final do mês passado pela bagatela de US$ 299.00. Por aqui já é possível encontrar por míseros R$ 3.529,40. O que pode (e vai) afugentar muita gente.
A questão aqui nem é pela qualidade do produto, que com certeza é espetacular, mas sim o preço. Já que teclados mecânicos de excelente qualidade e com o mesmo switch (e muito mais botões) pode ser encontrado por menos de mil reais aqui no Brasil. Vai entender.
E ai, vai comprar o seu?