Peter Molyneux Acredita Que Seria “Incrível” Revisitar Um De Seus Projetos Mais Famosos Com a Tecnologia Atual

Redação
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Peter Molyneux é um verdadeiro ícone da indústria de jogos. Ele construiu sua fama com títulos inovadores, como Populous e Powermonger, e mais tarde na carreira, esteve à frente de projetos como Theme Park, Magic Carpet, Dungeon Keeper, Fable e Black & White. Nos tempos mais recentes, sua reputação sofreu um baque após alguns projetos que não decolaram, como Curiosity: What’s Inside The Cube e Godus. No entanto, ele ainda mantém um prestígio considerável, capaz de atrair atenções – e sua mais nova empreitada, Masters of Albion, trouxe de volta alguns de seus antigos colaboradores.

Parte da queda de Molyneux pode ser atribuída a promessas excessivas em projetos importantes, sendo um dos mais notórios o Milo, o chamado “killer app” do Kinect, que acabou sendo cancelado. Em uma entrevista à revista EDGE, Molyneux revela que o conceito inicial de Milo era baseado no poderoso protótipo do Project Natal, que acabou sendo reduzido para o hardware final do Kinect. Essa redução teve um impacto “cataclísmico” para Milo, que havia sido idealizado como uma vitrine do “tecnologia impressionante” que sustentou as primeiras iterações, caras, do Natal.

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“Imagine que você está jogando um jogo com um controle que funciona uma vez a cada cinco tentativas. Não importa qual seja o jogo – ele seria uma decepção. O mesmo se aplica a Milo. Poderíamos ter continuado a trabalhar nisso e eu poderia ter lutado essa batalha com a gestão, mas seria em vão. O jogo inteiro foi projetado em torno desse dispositivo”, comenta ele.

Molyneux ainda expressa que o projeto parece um assunto inacabado – e, com a tecnologia moderna, ele acredita que poderia realmente cumprir a promessa que criou: “Eu adoraria ter terminado aquele jogo – foi uma experiência incrível, realmente emocional. Acredito que o hardware do Kinect estava à frente de seu tempo. Se você fizesse isso agora, com a tecnologia atual e com modelos de linguagem avançados para reconhecimento de voz, poderia ser maravilhoso.”

Você pode conferir a entrevista completa com Molyneux na mais recente edição da EDGE, número 416.

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