No início deste ano, John Romero, co-criador de DOOM e Quake, juntamente com seu estúdio, Romero Games, fez um anúncio surpreendente: seu editor (presumivelmente a Microsoft) cancelou o financiamento para seu próximo projeto — um novo shooter em primeira pessoa criado pela lenda da indústria.
Nos dias seguintes, começaram a circular rumores sobre a situação do pessoal no estúdio, com alegações de que a desenvolvedora baseada em Galway teria suas portas fechadas devido à falta de recursos financeiros. Nas palavras da própria equipe, menos de uma semana depois, houve um esforço para desmentir algumas das informações equivocadas, afirmando que o estúdio não havia encerrado suas atividades e trouxe uma boa notícia, mencionando que havia sido “contatada por vários editores interessados em ajudar a levar o jogo até a linha de chegada”, enquanto avaliavam essas oportunidades para salvar o projeto.
Desde então, a equipe e Romero permaneceram, compreensivelmente, um pouco reservados sobre como as negociações estavam evoluindo. No entanto, em uma entrevista recente ao GameReactor, ele compartilhou uma atualização, dizendo que a equipe ainda está “decidindo” os próximos passos com o “grande” projeto, mas que há “muitas empresas interessadas e trabalhando conosco nesse sentido”.
Romero parece confiante quanto ao cenário, já que eles possuem a propriedade intelectual, o código e todo o material relacionado ao jogo, além de já terem um investimento de 50 milhões de dólares no projeto — o que se tornaria um ativo valioso para outra editora que decidisse assumir a empreitada. Por outro lado, se o projeto não encontrasse um novo lar, ainda assim haveria 50 milhões de dólares em ativos que poderiam ser utilizados para desenvolver algo diferente — provavelmente, algo bem menor do que os planos iniciais do estúdio.
Em suas palavras: “Ainda estamos decidindo o que faremos com nosso grande jogo. Nós possuímos a propriedade intelectual, temos o código e tudo sobre o jogo, certo? Então, temos várias empresas interessadas e trabalhando conosco nisso, porque quando você desenvolve um jogo por anos e investe, digamos, 50 milhões nele, se você se mudar e começar a trabalhar com outra pessoa, eles ganham 50 milhões de graça. Assim, muitas pessoas querem continuar trabalhando em algo e, mesmo que isso não aconteça, você ainda tem ativos que valem 50 milhões para criar outra coisa. Portanto, de qualquer forma, você está encurtando o tempo para terminar seu jogo, certo? Para conseguir finalizar o seu projeto mais rapidamente, já há muita coisa pronta.”
Quando questionado sobre o quanto do jogo estava completo antes do projeto ser interrompido, Romero revelou ao GameReactor que eles estavam “mais ou menos na metade” do processo. Isso sugere que realmente precisariam de um grande apoiador para financiar o restante do projeto.
E você, o que acha? Acredita que há chances de vermos o projeto da Romero Games ganhar vida? Conte-nos suas opiniões nos comentários!
