Coleção Polymega Vol. 6 – Análise de Heavy Barrel

Redação
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3 min de leitura

A coleção Polymega Vol. 6 – Heavy Barrel traz dois shooters em estilo run-and-gun feitos pela Data East, que, apesar de sua qualidade, não alcançaram a mesma fama de clássicos como Commando, Ikari Warriors e Mercs na época.

Heavy Barrel, lançado em 1987, foi uma tentativa da Data East de se inserir na onda dos jogos de tiro com rolagem horizontal. E, de certa forma, ele se mostra um clone competente das obras mais notáveis da Capcom e SNK. Com suporte para dois jogadores simultaneamente, os níveis de Heavy Barrel rolam tanto horizontal quanto verticalmente. As chaves que você coleta durante o jogo podem ser utilizadas para abrir baús e liberar diferentes armas, lembrando um pouco Midnight Resistance, outro título da mesma desenvolvedora. A arma mais icônica do jogo é a própria “Heavy Barrel”, que não pode ser adquirida de uma só vez, mas sim montada a partir de seis partes diferentes. É a arma mais poderosa do jogo e destrói inimigos como se fossem manteiga, mas tem um detalhe: sua durabilidade é de apenas trinta segundos antes de desaparecer, evitando que você se torne um verdadeiro deus do jogo e passe por ele sem suar a camisa.

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Heavy Barrel ganhou uma versão para o NES na época, mas não chega nem perto da experiência do arcade original. Por isso, é fantástico vê-lo ganhar uma nova vida no Polymega. A versão do NES está inclusa, permitindo que você compare e note como ela é fraca em relação ao original. Aposto que muitos que tiveram seu primeiro contato com o jogo no console da Nintendo sentirão uma onda de nostalgia ao relembrar.

Porém, ainda mais cativante é o segundo jogo desta coleção, Desert Assault, de 1991 (também conhecido como Thunder Zone). Esse título nunca foi portado para sistemas caseiros durante os anos 90, o que é uma pena, pois é um dos jogos de arcade mais impressionantes da Data East. Com seus gráficos deslumbrantes, sequências de ação insanas e suporte para até quatro jogadores, Desert Assault é simplesmente fantástico. Para aqueles que gostam de curiosidades, existem várias diferenças entre as versões ‘World’ e japonesa do jogo, o que torna a experiência de jogar ambas bastante interessante.

Dado que já vimos muitas coleções anteriores do Polymega com múltiplos jogos, parece um pouco decepcionante que a Playmaji tenha optado por incluir apenas dois nesta versão (três, se contarmos o port de NES como um jogo à parte). Cadê Bloody Wolf de 1988, por exemplo, que é frequentemente considerado pelos fãs como parte da mesma série solta que Heavy Barrel e Desert Assault?

Ainda assim, embora seja difícil argumentar que esta sexta coleção Polymega ofereça um valor excepcional, ao menos os dois jogos presentes são de altíssimo padrão.

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