Após 44 Anos, Um Dos Maiores Mistérios de Frogger Pode Ser Finalmente Desvendado

Redação
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Novas informações surgiram sobre os indivíduos que desenvolveram o clássico dos fliperamas, Frogger. O ex-designer de som da Konami, Yuji Takenouchi, compartilhou os nomes de pessoas que trabalharam nesse título icônico em suas redes sociais. Graças a ela, ficamos sabendo de alguns nomes e funções que antes eram desconhecidos, e isso parece corroborar o que Inoue havia nos contado lá em 2022. Um mistério antigo em torno de Frogger finalmente começa a se desfazer!

A lista, divulgada por Takenouchi, inclui:
– Líder (Diretor): Takeshi Hara
– Programadores: Takeshi Hara, Takahide Hoso, Keiichi Miyoshi (part-time)
– Gráficos: Desconhecido
– Som: Takahide Hoso, Hirokazu Fujinaka, Shigeru Fukutake, Masahiro Inoue

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Vale notar que o nome de Takahide Harima não aparece por lá, mas há o programador Takahide Hoso, o que gera um certo questionamento. Retornamos à conversa inicial que tivemos com Inoue em 2022 para confirmar se havíamos interpretado algo errado. Ele nos deu o mesmo kanji que Takenouchi para o nome, mas também contextualizou Takahide Harima em romaji, sugerindo que essa pode ser a leitura correta. A dúvida permanece, embora, como os especialistas apontaram, ainda há um mistério relacionado a quem criou os gráficos. É fascinante, depois de tanto tempo, finalmente ter mais nomes para associar a esse título clássico!

Considerado um dos games de arcade mais icônicos de todos os tempos, Frogger é imortalizado em várias referências da cultura pop, como no episódio inesquecível de Seinfeld em que o personagem George Costanza tenta manter sua alta pontuação em uma pizzaria da escola. No entanto, as origens do jogo são envoltas em mistério, uma vez que, como muitas empresas da época, a Konami não atribuía créditos aos seus desenvolvedores, alegando a responsabilidade total pelos jogos lançados, para evitar “roubos” de talentos.

No ano passado, por um incrível golpe de sorte, conseguimos conversar com um ex-programador da Konami chamado Masahiro Inoue, que revelou durante a conversa que trabalhou nos efeitos sonoros de Frogger em um de seus primeiros empregos na empresa. Curiosos para saber mais sobre o desenvolvimento do game, perguntamos se ele poderia esclarecer quem mais participou da criação de Frogger e, para nossa alegria, ele aceitou com entusiasmo! Mas, antes de mergulharmos nessas informações, precisamos abordar um certo elefante verde na sala.

Se você buscar a história do Frogger na internet, é bem provável que encontre várias matérias e vídeos afirmando que o jogo clássico é inspirado em uma história verdadeira. Essa narrativa costuma envolver um funcionário da Konami, Akira Hashimoto, que teria tido a ideia ao parar no sinal vermelho e ver um sapo tentando atravessar uma rua movimentada.

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Essa história já foi reportada em diversos lugares, incluindo sites e canais do YouTube, mas quando perguntamos a Inoue sobre isso, ele afirmou não conhecer ninguém com esse nome. Em vez disso, afirmou que Frogger é, na verdade, uma criação de Takahide Harima e potencialmente de mais dois programadores dentro da Konami.

Harima é uma figura que quase não deixa rastros na internet, com uma das poucas referências a ele sendo uma listagem do GDRI, que sugere que ele pode ser a mesma pessoa que Toshio Arima, outro programador da Konami na época. Contudo, Inoue esclareceu que são pessoas distintas, e Harima esteve envolvido em títulos como Video Hustler (1981), Time Pilot (1982) e Gyruss (1983), entre outros.

No passado, Inoue creditou a Harima a ideia de usar VRAM para exibir os projéteis em Time Pilot, permitindo mais objetos na tela, enquanto outro ex-funcionário da Konami, Yoshiki Okamoto, o chamou de “gênio” por essa inovação. Infelizmente, o que aconteceu com Harima permanece um mistério, pois o criador desapareceu da indústria de jogos. Estamos fazendo o possível para descobrir mais sobre o desenvolvimento desses jogos clássicos, e seguimos na busca para iluminar a história desses marcos.

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